Resumo
O tratamento de queimaduras graves exige uma abordagem abrangente que inclui diagnóstico precoce, intervenções cirúrgicas precisas e cuidados pós-operatórios adequados. O diagnóstico precoce é fundamental para a identificação imediata da extensão das queimaduras, permitindo uma avaliação precisa do dano e o planejamento eficaz do tratamento. Isso é essencial, pois as queimaduras podem comprometer significativamente a função da pele e a qualidade de vida do paciente se não forem tratadas adequadamente.
O transplante de pele é frequentemente recomendado para restaurar a integridade e a funcionalidade da pele após queimaduras graves. Essa abordagem cirúrgica envolve a substituição da pele danificada por enxertos, que podem ser retirados do próprio paciente (autógenos) ou de doadores (alogênicos). A escolha do tipo de enxerto e a técnica cirúrgica utilizada dependem das características individuais do paciente e da gravidade das queimaduras.
Além da intervenção cirúrgica, uma abordagem abrangente inclui também cuidados pós-operatórios adequados, como terapias dermatológicas e reabilitação. As terapias dermatológicas desempenham um papel crucial na promoção da cicatrização, na prevenção de infecções e na restauração da função da pele. Um programa de reabilitação personalizado é essencial para garantir uma recuperação completa e prevenir complicações a longo prazo, como contraturas cicatriciais e perda de mobilidade.
Em resumo, os avanços no transplante de pele para pacientes queimados requerem uma abordagem integrada que englobe diagnóstico precoce, intervenções cirúrgicas precisas e cuidados pós-operatórios adequados. Esta abordagem visa melhorar a sobrevivência e a função da pele, proporcionando uma recuperação completa e uma melhor qualidade de vida para o paciente.
Referências
ALSAIFA, Abdulmalik et al. Full thickness skin graft versus split thickness skin graft in paediatric patients with hand burns: Systematic review and meta-analysis. Burns, v. 49, p. 1017-1027, 2023.
CAO, Yu-Li et al. Efficacy of hydrosurgical excision combined with skin grafting in the treatment of deep partial-thickness and full-thickness burns: A two-year retrospective study. Burns, v. 49, p. 1087-1095, 2023.
GIBSON, Angela L.F. et al. Determining clinically meaningful thresholds for innovative burn care products to reduce autograft: A US burn surgeon Delphi panel. Burns, v. 47, p. 1066-1073, 2021.
LEGEMATE, Catherine M. et al. Hydrosurgical and conventional debridement of burns: randomized clinical trial. BJS, v. 109, p. 332-339, 2022.
NOURELDIN, Marwan Ahmed et al. Comparative study between skin micrografting (Meek technique) and meshed skin grafts in paediatric burns. Burns, v. 48, p. 1632-1644, 2022.
PALMIERI, Tina L. Emerging Therapies for Full-Thickness Skin Regeneration. Journal of Burn Care & Research, s65, 2022.
SHANG, Feng et al. Comparison of therapeutic effects between artificial dermis combined with autologous split-thickness skin grafting and autologous intermediate-thickness skin grafting alone in severely burned patients: A prospective randomised study. International Wound Journal, v. 18, p. 24-31, 2021.
SUAREZ-CAÑON, Nicolas et al. Monolayer acellular dermal matrix for reconstruction of face burn: A case report. JPRAS Open, v. 39, p. 307-312, 2024.
TAPKING, C. et al. Use of the modified meek technique for the coverage of extensive burn wounds. Burns, v. 50, p. 1003-1010, 2024.
VANACLOCHA, Nieves et al. Higher serum prealbumin levels are associated with higher graft take and wound healing in adult burn patients: A prospective observational trial. Burns, v. 50, p. 903-912, 2024.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Marina De Almeida Azenha, Bruna Camargo Hirsch , Hendy Frige Cruz , Júlia Maria Schneider , Sophia Isabelly Ferrari de Lima