Análise da Autoavaliação de Competências para Prática Hospitalar de Estudantes de Medicina no Sul da Amazônia Legal
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Palavras-chave

competência médica
Autoavaliação
Prática Hospitalar
Educação Médica
Habilidades Interpessoais

Como Citar

De Sousa Pereira Albuquerque Carvalho, M. P., & Silvestro , E. M. (2024). Análise da Autoavaliação de Competências para Prática Hospitalar de Estudantes de Medicina no Sul da Amazônia Legal. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(5), 2472–2485. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n5p2472-2485

Resumo

Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a autopercepção de competências para a prática hospitalar entre estudantes de medicina do último ano na região sul da Amazônia Legal.

Métodos: Foi realizado um estudo de campo transversal com abordagem quantitativa. Estudantes do sexto ano de uma faculdade de medicina em Rondônia, Brasil, foram convidados a participar e responder a um questionário virtual. A coleta de dados ocorreu em maio de 2024 e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 79364124.9.0000.5298, parecer número 6.835.776). A pesquisa incluiu um questionário socioeconômico e o "Preparedness for Hospital Practice Questionnaire", que avaliou oito domínios: habilidades interpessoais, confiança, colaboração, gerenciamento, ciência, prevenção, cuidado holístico e aprendizagem autônoma. As análises estatísticas foram desenvolvidas com o software RStudio.

Resultados: A amostra consistiu em 63 estudantes, sendo 60% do sexo feminino e 40% do sexo masculino, com 86% identificando-se como brancos e 14% como pardos ou negros. A média de idade foi de 27,73 anos (±3,81), com mediana de 27 anos. A análise mostrou uma preparação moderada percebida nos domínios de habilidades interpessoais (média: 3,60), confiança (média: 4,28) e gerenciamento (média: 4,07). As maiores médias foram observadas nos domínios de prevenção (média: 5,07) e cuidado holístico (média: 5,03), indicando uma forte preparação nessas áreas. No entanto, escores mais baixos em lidar com emergências clínicas e realizar procedimentos cirúrgicos básicos (média: 3,71 e 3,12, respectivamente) sugeriram áreas com potencial de melhora.

Conclusão: O aprimoramento do treinamento nas habilidades interpessoais e maior exposição a procedimentos clínicos, pode melhorar a aptidão geral para a prática médica de profissionais recém formados. Pesquisas futuras devem focar no desenvolvimento de intervenções educacionais para preencher essas lacunas e promover uma educação médica integral.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n5p2472-2485
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