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Resumo
Neoplasias são comuns em humanos e animais de pequeno porte, com cães, especialmente os idosos, sendo mais afetados que gatos. Com a crescente longevidade dos animais de estimação, a demanda por oncologistas veterinários aumenta. Este estudo revisa brevemente a etiologia, patogênese, diagnóstico e tratamento do melanoma, e descreve um caso de melanoma pulmonar sem foco primário identificável em um cão da raça Fila Brasileiro de 11 anos, atendido no hospital veterinário da Universidade Federal da Paraíba. O histórico médico indicava apatia, perda de apetite e baixo peso corporal por 30 dias. São neoplasias malignas originárias dos melanócitos, frequentemente encontrados na derme canina, porém o pulmão é comumente afetado por metástases de diversos tumores. A manifestação primária de melanoma pulmonar sem lesão primária é rara em cães. O estudo visa elucidar caso de melanoma pulmonar sem fonte primária discernível em um cão. O paciente foi submetido a exames de radiografia torácica, ultrassonografia abdominal e toracotomia, revelando uma formação enegrecida e irregular no pulmão e mediastino. Dado o prognóstico desfavorável, optou-se pela eutanásia, seguida de necropsia e histopatologia. Os achados macroscópicos mostraram massa sólida enegrecida com nódulos multifocais na superfície pleural pulmonar, estendendo-se ao mediastino. Amostras de órgãos foram analisadas com coloração em hematoxilina e eosina. Os resultados revelaram uma massa expansiva e infiltrativa, composta por melanócitos pleomórficos, organizados em grupos, com depósitos de melanina intra e extracelulares, distribuídos difusamente no parênquima pulmonar. Não foram encontradas anormalidades nos demais tecidos. O diagnóstico foi confirmado com evidências clínicas e patológicas, corroborado pela histopatologia. De origem melanocítica, frequentemente manifestados na pele canina, com potencial de metástase para pulmão e linfonodos. A ocorrência de melanomas em cavidades sem lesões dérmicas aparentes é rara em cães. Melanomas congênitos são descritos em indivíduos jovens e em órgãos como a laringe de fumantes crônicos humanos, mas o mecanismo em cães ainda carece de explicação definitiva. A relevância dos melanomas em cães e a ocorrência de casos sem uma fonte primária discernível exigem investigação aprofundada para elucidar fatores predisponentes e sua patogênese. Esta condição deve ser considerada nos diagnósticos diferenciais de neoplasias pulmonares primárias e metastáticas em cães.
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