Resumo
O presente artigo tem como objetivo revisar a literatura quanto a relação entre a endometriose, o estresse oxidativo e a inflamação, visando elencar os possíveis mecanismos influenciados pelo EO e as sua relação com a prevalência dessa patologia. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, que busca, com base na bibliografia atual, conclusões para pergunta norteadora. Assim, foram selecionados estudos científicos nas plataformas PubMed e BVS, utilizando-se das seguintes estratégias de busca: “endometriosis AND free radicals”, “inflammation AND oxidative stress AND endometriosis”, “oxidative stress AND endometriosis”. Nove artigos foram selecionado e analisados para o embasamento do trabalho em diferentes pontos de vista. Após a revisão, foi evidenciado que o estresse oxidativo, associado à resposta inflamatória local e sistêmica, favorecem a adesão de células endometriais na cavidade peritoneal e consequente surgimento das lesões endometrióticas e toda a sintomatologia relacionada. Com isso, torna-se evidente a relação da patogênese da endometriose com a disfunção homeostática causada pelo EO. Contudo, necessita-se de mais estudos, em especial de caráter quantitativo, para determinação de uma classificação, baseada em evidências científicas, para o uso dos biomarcadores oxidativos e as respectivas vias que são afetadas frente a um aumento deles.
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