Uma abordagem transversal sobre Sífilis Congênita em Sergipe: sinais e sintomas e suas implicações para a Saúde Neonatal

Resumo

A sífilis congênita (SC) é uma doença grave transmitida durante a gestação ou no parto, com incidência preocupante no Brasil, particularmente no Nordeste, onde Sergipe apresenta taxas alarmantes. Os dados epidemiológicos do Ministério da Saúde destacam a magnitude desse problema em todo o país, enfatizando a importância da prevenção e tratamento adequado para reduzir a transmissão vertical da doença. Este estudo transversal investigou sinais e sintomas em crianças tratadas para SC em uma maternidade filantrópica em Aracaju - SE. Foram analisados dados secundários de prontuários físicos de crianças acompanhadas no ambulatório de referência para SC. As variáveis ​​consideradas incluíram idade na primeira consulta, sinais e sintomas de SC, tratamento materno pré-natal, e sorologia materna e infantil. Os dados foram analisados estatisticamente usando o teste Qui-Quadrado. Dos 150 casos analisados, a maioria era assintomática ao nascimento. A frequência de hepatomegalia foi de 22% já na primeira consulta do recém-nascido e esses casos foram mais associados de forma significativa às mães não tratadas ou tratadas de forma inadequada no pré-natal (p=0,005375). O estudo apresentou limitações como a natureza transversal e unicêntrica, o que restringiu uma compreensão completa da evolução ao longo do tempo das crianças afetadas. Ainda assim, a investigação reforça a necessidade de mais pesquisas prospectivas para entender a progressão dos sintomas ao longo dos primeiros anos de vida. O estudo destaca a importância de compreender os sinais e sintomas da criança com SC, monitorar o pré-natal para reduzir a transmissão vertical da sífilis e enfatiza a urgência de estratégias eficazes para mitigar os riscos associados à SC e melhorar os resultados de saúde neonatal.