Resumo
O parto cesárea é um recurso utilizado quando surgem riscos para a saúde materno-fetal durante a gestação e/ou parto, sendo efetiva, assim, na redução da mortalidade do binômio mãe-bebê. Porém, frequentemente, a cesárea é feita em condições desnecessárias, sem razões técnico-científicas que justifiquem sua execução e, assim, as altas taxas de cesárea no Brasil e no mundo são consideradas um problema de saúde pública. Dessa maneira, esse cenário determina a discussão de que as cesarianas, sobretudo aquelas realizadas sem indicação médica, podem acarretar no desenvolvimento de patologias na saúde infantil, seja ao nascimento seja no decorrer dos primeiros anos de vida da criança. As complicações mais comuns são: distúrbios cognitivos, auditivos e visuais, alterações na microbiota intestinal, obesidade, distúrbios neurológicos e respiratórios e doenças autoimunes tais como diabetes tipo 1, asma, artrite juvenil, doenças celíacas e dermatite atópica. Este estudo tem como objetivo verificar os principais riscos que o parto cesárea pode ocasionar na saúde infantil e discutir os impactos que tais complicações acarretam na qualidade de vida da criança. Trata-se de uma revisão integrativa em que foram analisados estudos de 2012 a 2022 nas seguintes bases de dados: PubMed, Scielo, LILACS e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com os descritores crianças, complicações, infância, parto cesárea e riscos da cesariana. Após a seleção dos trabalhos a partir dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 44 artigos, sendo que o ano em que houve mais publicações acerca da temática foi 2020 com 12 publicações (27,2%), enquanto o ano de menor publicação foi 2022 com apenas 1 divulgação (2,04%). Portanto, conclui-se que a cesariana provoca, de fato, prejuízos na saúde infantil e, por isso, são necessárias mais pesquisas que possam descrever e explicar a prevalência do parto cesárea em relação ao parto vaginal.
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