Avanços Contemporâneos na Compreensão da Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna: Uma Revisão Abrangente.

Resumo

A próstata humana, um órgão em forma de pirâmide próximo à bexiga, desempenha um papel crucial na produção do fluido seminal. A hiperplasia prostática benigna (HPB), um crescimento não canceroso das células da próstata, é comum em homens acima de 40 anos, afetando significativamente a qualidade de vida. A HPB não está relacionada ao câncer de próstata, mas pode causar sintomas urinários irritativos e obstrutivos, como diminuição do fluxo urinário e urgência miccional.

A prevalência da HPB aumenta com a idade, afetando até 90% dos homens na oitava década de vida. O diagnóstico precoce é fundamental, com a triagem recomendada para homens entre 55 e 69 anos, considerando fatores de risco individuais e antecedentes familiares. O toque retal e a dosagem de PSA são métodos de triagem essenciais, embora o PSA possa ter limitações de especificidade.

O tratamento da HPB pode envolver abordagens farmacológicas e cirúrgicas. Os bloqueadores alfa-adrenérgicos e os inibidores da 5-alfa-redutase são comuns para aliviar sintomas e reduzir o tamanho da próstata. Em casos mais graves, intervenções cirúrgicas, como a ressecção transuretral da próstata (RTUP) e a prostatectomia aberta, podem ser necessárias.

A pesquisa contínua é essencial para desenvolver novas estratégias de manejo da HPB, especialmente com o envelhecimento da população, prevendo-se um aumento na incidência da doença. Uma abordagem multidisciplinar, incluindo avaliação física, exames laboratoriais e de imagem, é crucial para determinar o melhor curso de tratamento para cada paciente.