Resumo
A eletroconvulsoterapia (ECT) tem sido uma opção de tratamento eficaz e muitas vezes subutilizada para a depressão resistente ao tratamento. Este artigo oferece uma revisão detalhada da literatura atual sobre o uso da ECT na depressão, abordando sua eficácia, mecanismos de ação, indicações clínicas e considerações de segurança. Além disso, discute as perspectivas futuras e o papel potencial da ECT como parte integrante do arsenal terapêutico para a depressão grave e refratária.
Um dos principais obstáculos é o estigma social e o medo percebido pelos pacientes e suas famílias em relação à ECT. Apesar de sua eficácia, persistem equívocos e preconceitos sobre seu uso, muitas vezes alimentados por representações negativas na mídia e na cultura popular. Como resultado, muitos pacientes podem resistir a receber tratamento com ECT, mesmo quando outras opções terapêuticas falharam.
Além do estigma, a disponibilidade limitada de serviços de ECT em muitas regiões do mundo representa outro desafio significativo. A ECT é uma intervenção que requer instalações especializadas, equipamentos específicos e uma equipe treinada para administrar o procedimento com segurança. Infelizmente, muitas instituições de saúde mental não oferecem serviços de ECT devido a restrições de recursos, falta de treinamento adequado ou preocupações administrativas.
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