Síndrome das Pernas Inquietas: Bases Fisiopatológicas e Terapêuticas
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Palavras-chave

síndrome das pernas inquietas
tratamento
fisiopatologia
manejo

Como Citar

Vytor Cardoso Nobre, P., Henrique Costa de Oliveira, P., César De Oliveira Cerqueira , J., Cerqueira de Barros Silveira, V., Eduarda do Amaral Silva Vasconcelos, M., Calazans de Souza, N., de Araújo Alves Júnior , J., Cerqueira de Barros Silveira , R., Gringo Silva Santos , M., Ribeiro Freire, I., Henrique do Nascimento Silva, G., & Macedo Ferreira, I. (2024). Síndrome das Pernas Inquietas: Bases Fisiopatológicas e Terapêuticas. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(3), 2797–2807. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n3p2797-2807

Resumo

Introdução: A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), também conhecida como Doença de Willis-Ekbom, é uma desordem neurológica crônica caracterizada por sensações desagradáveis e irresistíveis nas pernas, geralmente durante períodos de repouso ou inatividade, que resultam em um desejo incontrolável de movimentar os membros afetados. Objetivo: Avaliar as bases fisiopatológicas e terapêuticas associadas à síndrome das pernas inquietas. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que incluiu artigos originais e revisões sistemáticas em inglês e português, que abordaram aspectos fisiopatológicos e manejo da SIP, publicados entre 2014 e 2024, selecionados nas bases de dados PubMed, Scopus e SciELO. Após a seleção criteriosa, foram escolhidos 19 artigos para compor esta revisão bibliográfica. Resultados: O quadro apresenta um padrão fisiopatológico amplo, com diversos aspectos relevantes, incluindo características genéticas, como o padrão dominante e a interação em loci específicos. Além de aspectos ambientais, como a desregulação do sistema dopaminérgico, que corrobora para a sintomatologia do quadro, como também o déficit de ferro periférico e cerebral, sendo considerado um fator biológico-chave na SPI. O manejo da SPI é diverso e envolve intervenções não farmacológicas, como massagem e prática de caminhada, podem complementar a terapia medicamentosa. A escolha do tratamento farmacológico é individualizado e utiliza agonistas dopaminérgicos, ligantes alfa-2-delta, entre outros fármacos. Ademais, outras medidas podem contribuir com a terapêutica do quadro, como a reposição de ferro. Considerações: A SPI é um distúrbio complexo, cuja fisiopatologia ainda não está completamente esclarecida. Dentre os múltiplos fatores, destacam-se a contribuição genética, a deficiência de ferro periférico e cerebral e a desregulação dopaminérgica. O tratamento da SPI envolve intervenções farmacológicas e não farmacológicas. A escolha do tratamento farmacológico é baseada na eficácia em tratar os sintomas primários e as comorbidades associadas.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n3p2797-2807
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