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Resumo
A dependência química surge concomitantemente no decorrer da história humana, com indivíduos usuários com os mais diversos intuitos, seja por predisposição, problemas emocionais, psíquicos e alguns por vezes fazendo uso indiscriminado de drogas lícitas e ilícitas, gerando padrões de abuso. A dependência química alcançou dimensões epidêmicas sendo considerada como um complicador na saúde pública. Expressa-se em doenças multifatoriais, complexas crônicas e recorrentes. Apontada como um transtorno mental gerador de prejuízo social, ocupacional, familiar, pessoal e cognitivo. Dessa forma a prevalência da dependência, suas causas e efeitos em comorbidades psiquiátricas e psicológicas identifica quais transtornos são mais comuns em dependentes químicos. Os resultados mostraram alta prevalência de transtornos de humor, com destaque para a depressão, ansiedade e bipolaridade e transtornos mentais, que discorre também sobre patologia psiquiátrica de personalidade e esquizofrenia entre os dependentes. A prevalência de depressão entre dependentes químicos foi quase três vezes maior que a da população em geral. Descobriu-se que "avaliações rápidas", como a ferramenta MINI e o Inventário de Depressão de Beck, eram mais comumente usadas para diagnosticar depressão em pacientes de dependência química. Com base no conhecimento e apreciação acumulados, com experiências pessoais com pacientes, constatou-se que a depressão e o vício são um elo comum. A novidade reside na forma específica de associação em casos específicos, o que pode levar ao abuso de drogas, levando até ao risco de suicídio. Por fim, conclui-se também que a comorbidades paralelas à dependência química não fornece diagnósticos precisos, e uma relação causal não pode ser estabelecida. Portanto, mais pesquisas devem ser levantadas assim como ações individuais são necessárias com urgência para lidar com as condições associadas.
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