FATORES PREDITORES PARA ADMISSÃO DE NEONATOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL NO SUL DE SANTA CATARINA
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Palavras-chave

Prematuro
Recém-nascido
Neonatal
Unidade de Terapia Intensiva

Como Citar

Esmeraldino Mendes Filho, E., Dal-Bó Michels, K., & Silveira Boeger, V. (2024). FATORES PREDITORES PARA ADMISSÃO DE NEONATOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL NO SUL DE SANTA CATARINA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(2), 1447–1463. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n2p1447-1463

Resumo

Introdução: O Brasil inscreveu prepronderante redução da taxa de mortalidade neonatal entre os períodos de 1990 e 2019. Contudo, ainda permanece com valores três vezes maiores que países como Canadá e Estados Unidos. Neste sentido, a terapia intensiva age como principal ferramenta de suporte para estes pacientes que viriam a óbito, tornando-se importante o conhecimento sobre quais motivos levam o recém-nascido a ser admitido em terapia intensiva, para que seja possível traçar metas que reduzam a elevada mortalidade neonatal ainda persistente no país. Objetivo: Analisar fatores preditores de mortalidade e admissão de recém-nascidos em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Métodos: Estudo observacional do tipo coorte retrospectiva desenvolvido através da análise de prontuários de neonatos internados em terapia intensiva em um hospital no Sul do Brasil, e suas respectivas progenitoras, no período de 01 de janeiro de 2020 a 31 de junho de 2022. Resultados: Foram avaliados dados de 259 neonatos e suas progenitoras. Desconforto respiratório esteve presente em 79,2% dos neonatos, prematuridade em 69,9% e baixo peso em 57,5%. Usuários de ventilação positiva tiveram 80,4% menos risco de morte. O óbito foi encontrado em 6,9%. Conclusão: Desconforto respiratório, prematuridade e baixo peso foram os principais diagnósticos preditores de admissão. Prematuros extremos, baixo peso, doenças congênitas, submetidos à intubação orotraqueal, cirurgia, manobras de reanimação e uso de fármacos vasoativos foram associadas ao óbito. Questiona-se uma possível associação entre elevados valores de prematuridade e o intervalo de análise dos pacientes, realizado durante a pandemia de COVID-19.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n2p1447-1463
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