Perfil Epidemiológico da Leishmaniose Visceral em Teresina, Piauí, de 2013 a 2020.
PDF

Palavras-chave

Epidemiologia
leishmaniose visceral
Perfil de Saúde
notificação de doenças

Como Citar

Aguiar de Lima, T., Rodrigues, S. M., Aguiar, D. L., Melo, L. N. L., Fernandes , V. L., Martins , F. M. N., Lima , R. de O. C., Fernandes , N. L. A., Dantas , M. M. C. L. de S., Coelho, D. D., Oliveira , C. P. P. de, & Chrisóstomo Neto, E. P. (2024). Perfil Epidemiológico da Leishmaniose Visceral em Teresina, Piauí, de 2013 a 2020. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(2), 2442–2456. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n2p2442-2456

Resumo

INTRODUÇÃO: Leishmaniose Visceral (LV) é doença grave causada por protozoários, transmitida por insetos vetores. O estudo em Teresina, Piauí, busca avaliar o perfil epidemiológico de 2013 a 2020, analisando casos notificados por ano/mês e características demográficas. Relevante para compreender a prevalência e implementar medidas preventivas. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico da Leishmaniose visceral em Teresina, Piauí de 2013 à 2020, de acordo com o número de casos notificados por ano e por mês e ainda conforme idade, gênero e escolaridade. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo e quantitativo, de caráter transversal e descritivo, dos dados epidemiológicos da Leishmaniose Visceral em Teresina, Piauí, de 2013 a 2020. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informática do SUS (DATASUS). RESULTADOS: Foram notificados 1278 casos confirmados, sendo os maiores percentuais registrados em 2014 (n=210, 16,43%) e em 2017 (n=189, 14,78%) e o menor percentual registrado foi em 2020 (n=94, 7,35%). Houve ocorrências em todos os meses do ano, porém com acentuação do número de casos nos meses de junho a setembro. Além disso, em 26,68% dos casos, os indivíduos tinham baixa escolaridade. Outrossim, 32,39% dos casos aconteceram em menores de 5 anos. Os indivíduos do sexo masculino foram os mais acometidos (68,54%). CONCLUSÃO: A Leishmaniose tem ocorrência endêmica em Teresina, com predomínio em pessoas do sexo masculino e elevada frequência em crianças com idade inferior a cinco anos, e picos de casos nos meses de maio a agosto.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n2p2442-2456
PDF

Referências

BORGES, B.K.A.; SILVA, J. A.; HADDAD, J.P.A.; MOREIRA, E.C.; MAGALHÃES, D. F.; RIBEIRO, L.M.L.; FIÚZA, V.O.P. Avaliação do nível de conhecimento e de atitudes preventivas da população sobre a leishmaniose visceral em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, n. 4, p.777-784, 2008. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2008000400007.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral. 1. ed., 5. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p. 14-17.

Brasil. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. SINAN. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/leishvbr.def.

CEPRO. Superintendência de pesquisas econômicas e sociais do Piauí. [Acesso em 2019 jul 04]. Disponível em: http://www.cepro.pi.gov.br/index.php.

Costa CHN, Pereira HF, Araújo MV. Epidemia de Leishmaniose Visceral no estado do Piauí, Brasil, 1980-1986. Revista de Saúde Pública 1990;24:361-372. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89101990000500003.

COSTA, Carlos Henrique Nery; TAPETY, Conceição Maria M.; WERNECK, Guilherme L. Controle da leishmaniose visceral em meio urbano: estudo de intervenção randomizado fatorial. Rev Soc Bras Med Trop, v. 40, n. 4, p. 415-419, 2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822007000400009.

DE SOUSA, Raimundo Leoberto Torres; NUNES, Maria Ivanete; FREIRE, Simone Mousinho. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL NOTIFICADOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM TERESINA–PI. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, v. 8, n. 1, p. 126-135, 2019. DOI: 10.33362/ries.v8i1.1475.

GONTIJO, Célia Maria Ferreira; MELO, Maria Norma. Leishmaniose visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 7, p. 338-349, 2004. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2004000300011.

JÚNIOR, Grangeiro et al. American cutaneous leishmaniasis in a northeast Brazilian city: clinical and epidemiological features. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 51, n. 6, p. 837-842, 2018. DOI: 10.1590/0037-8682-0504-2017.

LANA, Rosana S. et al. Ecoepidemiological aspects of visceral leishmaniasis in an endemic area in the Steel Valley in Brazil: an ecological approach with spatial analysis. PloS one, v. 13, n. 10, p. e0206452, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0206452.

MACHADO, Gustavo et al. Revisiting area risk classification of visceral leishmaniasis in Brazil. BMC infectious diseases, v. 19, n. 1, p. 2, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12879-018-3564-0.

OLIVEIRA, E.M.; PIMENTA, E.M. Perfil epidemiológico das pessoas portadoras de leishmaniose visceral no município de Paracatu-MG no período de 2007 a 2010. Revista Mineira de Enfermagem, v. 8, n. 2, p. 365-370, 2014. Disponível em: http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20140028.

RANGEL, Elizabeth F. et al. Eco-Epidemiology of American Visceral Leishmaniasis with Particular Reference to Brazil. In: Brazilian Sand Flies. Springer, Cham, 2018. p. 381-416. Disponível em: https://doi.org/10.1007/978-3-319-75544-1_8.

REIS, Lisiane Lappe dos et al. Changes in the epidemiology of visceral leishmaniasis in Brazil from 2001 to 2014. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 50, n. 5, p. 638-645, 2017. DOI: 10.1590/0037-8682-0243-2017.

REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. p. 75-77.

SANTOS, Thiago Vasconcelos dos et al. Binational burden of American cutaneous leishmaniasis in Oiapoque, Amapá State, Brazil, bordering French Guiana. 2019. DOI: 10.1590/0037-8682-0256-2018.

SILVA, Jackellyne Geórgia Dutra et al. Infecção natural de Lutzomyia longipalpis por Leishmania sp. em Teresina, Piauí, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 23, p. 1715-1720, 2007.

SOUSA, Jaqueline Maria Dos Santos; RAMALHO, Walter Massa; MELO, Marcia Almeida de. Demographic and clinical characterization of human visceral leishmaniasis in the State of Pernambuco, Brazil between 2006 and 2015. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 51, n. 5, p. 622-630, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0037-8682-0047-2018.

TELES, Carolina Bioni Garcia et al. Phlebotomine sandfly (Diptera: Psychodidae) diversity and their Leishmania DNA in a hot spot of American Cutaneous Leishmaniasis human cases along the Brazilian border with Peru and Bolivia. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 111, n. 7, p. 423-432, 2016. DOI: 10.1590/0074-02760160054.

URSINE, Renata Luiz et al. Aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral humana e canina em municípios pertencentes à Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, Minas Gerais, Brasil (2007-2012). Tempus Actas de Saúde Coletiva, v. 10, n. 1, p. 179-193, 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v10i1.1716.

VIANA, Graça Maria de Castro et al. Epidemiological profile of patients co-infected with visceral leishmaniasis and HIV/AIDS in Northeast, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 50, n. 5, p. 613-620, 2017. DOI: 10.1590/0037-8682-0494-2017.

WERNECK, Guilherme et al. Avaliação da efetividade das estratégias de controle da leishmaniose visceral na cidade de Teresina, Estado do Piauí, Brasil: resultados do inquérito inicial-2004. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 17, n. 2, p. 87-96, 2008. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742008000200002.

World Health Organization. Regional strategic framework for elimination of kala‐azar from the south‐east Asia region (2005‐2015). New Delhi: WHO Regional Office for South‐East Asia, 2005. DOI: 10.1371/journal.pntd.0000355.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Talya Aguiar de Lima, Sara Martins Rodrigue, Danielly Lemes Aguiar, Lívio Napoleão Lima Melo, Vanilla Lago Fernandes , Fernanda Maciel Nogueira Martins , Ruanna de Oliveira Castro Lima , Nicolly Letícia Abrantes Fernandes , Marina Marinho Cavalcante Lima de Souza Dantas , Damara Damasceno Coelho, Camila Portela Paz de Oliveira , Edson Prata Chrisóstomo Neto