Os efeitos da alergia a proteína do leite de vaca em crianças e recém nascido: da etiologia ao tratamento
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Palavras-chave

Palavras-Chave: Alergia, Leite, Vaca.

Como Citar

Zanuto, T., Rebeka Vitória dos Santos Machado, Orisson De Steffani Basso, Leidiane dutra Ferreira de Azevedo, Viviane Maria de Freitas Araújo, Guilherme Oliveira de Azevedo, Rafaela da Silva Gomes, Eduardo Caetano Rodio, Flavia Fernanda Oliveira dos Santos, Nathalia Perret Gentil, Sebastian Torres, & Rodrigo Daniel Zanoni. (2024). Os efeitos da alergia a proteína do leite de vaca em crianças e recém nascido: da etiologia ao tratamento . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(1), 1457–1468. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n1p1457-1468

Resumo

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum em crianças menores de  3 anos, envolvendo reações imunológicas contra as proteínas do leite, especialmente alfa-lactoalbumina e caseína. O leite de vaca faz parte dos "The big-8", oito principais alergênicos que incluem ovo, soja, trigo, amendoim, frutos secos, peixe e marisco.

As manifestações da APLV podem ser: mediadas por IgE, não mediadas por IgE e mistas. As mediadas por anticorpos IgE são reações bem caracterizadas. O processo pelo qual a alergia não IgE mediada se desenvolve ainda não está totalmente estabelecido, inclui todas as manifestações de hipersensibilidade em que os anticorpos IgE não têm participação, sendo os sintomas gastrointestinais os principais exemplos desse mecanismo.

A história clínica detalhada, combinada com o teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (prick test) e interpretação adequada da IgE sérica específica, é fundamental para diagnosticar a alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Em casos específicos, o teste de provocação oral pode ser necessário. Quando a reação é mediada por IgE, o prick test é geralmente o ponto de partida. Um resultado negativo praticamente exclui a APLV mediada por IgE, enquanto um positivo sugere a possibilidade, mas requer confirmação.

O tratamento da APLV baseia-se na exclusão das proteínas do leite de vaca da dieta, devendo-se também evitar a inalação e o contato com a pele, e manter as necessidades nutricionais do paciente. Para os RN e lactentes em aleitamento materno, recomenda- -se a dieta de restrição para a mãe nutriz. O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foram utilizados os bancos de dados de artigos científicos para realizar as buscas: Us National Library of Medicine (PUBMED) E Scientific Eletronic Library (Scielo). Portanto, essa revista tem como objetivo principal abordar as causas, as manifestações clinicas e o tratamento da alergia a proteína do leite de vaca.

 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n1p1457-1468
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Copyright (c) 2024 Thiago Zanuto, Rebeka Vitória dos Santos Machado, Orisson De Steffani Basso, Leidiane dutra Ferreira de Azevedo, Viviane Maria de Freitas Araújo, Guilherme Oliveira de Azevedo, Rafaela da Silva Gomes, Eduardo Caetano Rodio, Flavia Fernanda Oliveira dos Santos, Nathalia Perret Gentil, Sebastian Torres, Rodrigo Daniel Zanoni