Resumo
A dor torácica é uma das principais causas de internações de emergência, sendo realizados anualmente 4 milhões de atendimentos. As causas desse quadro têm origem desde contraturas musculares a infarto do miocárdio e causas não cardiogênicas, como acometimentos do trato digestivo. A subjetividade da dor torácica se torna a principal dificuldade para o diagnóstico preciso e a conduta necessária para o paciente. OBJETIVO: Encontrar formas que otimizem o diagnóstico da dor torácica nos atendimentos de emergência, visando causar menores danos cardiogênicos aos pacientes. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma revisão literária com levantamento bibliográfico em bases de dados como o PubMed e Scielo. Como critério de inclusão, foram considerados artigos publicados nos últimos 16 anos (2007 a 2023), que abordassem o tema pesquisado e que estivessem disponíveis em formato digital. RESULTADOS: No primeiro atendimento, a realização do acolhimento com classificação de risco do paciente, possibilitou uma melhor flexibilidade, especificação da gravidade e dos fatores de risco que possam ser agravantes para a vida do paciente. O exame inicial mais importante é o ECG, devendo ser realizado em até 10 minutos, junto aos biomarcadores e a história colhida, sendo importantes para o diagnóstico diferencial do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: percebeu-se que o tempo é muito importante no diagnóstico diferencial da dor torácica. Porém, a rapidez é dificultada pela subjetividade das dores dos pacientes. Assim, é necessário uma adequada abordagem do profissional da saúde nessa situação, além de novos estudos que possam otimizar os protocolos na emergência.
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