Resumo
Dentre os problemas de saúde decorrentes do uso crônico do álcool, a Doença Hepática Alcoólica (DHA) surge como uma consequência das agressões bioquímicas causadas pelo etanol. Essa condição se manifesta por meio de um espectro de sequelas no fígado, que incluem esteatose, fibrose progressiva, hepatite alcoólica e cirrose. Este estudo tem como objetivo descrever a prevalência de internações por doença hepática alcoólica no Brasil, no período de 2018 a 2022. Trata-se de um estudo descritivo, ecológico e quantitativo que aborda internações hospitalares por doença hepática alcoólica no intervalo de 2018 a 2022, a partir de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, seguindo as variáveis: internações, óbitos, sexo, faixa etária, média de permanência e custos hospitalares. Foram registradas 75.932 internações por DHA no Brasil, com maior prevalência no Sudeste (43,07%). Em todos os anos, o número de internações entre homens é significativamente maior do que entre mulheres, com média de 10.579 casos. A faixa etária de 50 a 59 anos apresentou prevalência, correspondendo a 31,31%. O Nordeste apresentou médias de permanência e óbito mais elevadas, com total de 9,3 dias e 23,26%, respectivamente. É crucial implementar estratégias que aprimorem o rastreamento precoce de pacientes com DHA, prevenindo a progressão da doença e reduzindo a morbimortalidade.
Referências
Luís Costa Matos. Doença Hepática Alcoólica (DHA). Rev Med Interna [Internet]. 2006;13:207–16. Available from: https://www.spmi.pt/revista/vol13/vol13_n3_2006_207_220.pdf
Moya LC. Espectro da doença Hepática alcoólica: uma revisão acerca da fisiopatologia e repercussões clínicas. Brazilian J Heal Rev. 2022;5(4):13904–27.
Jesus GC de, Sousa HHBA de, Barcelos R da SS. Principais Patologias e Biomarcadores das Alterações Hepáticas. Rev EVS - Rev Ciências Ambient e Saúde [Internet]. 2014;41(3):525–37. Available from: http://revistas.pucgoias.edu.br/index.php/estudos/article/view/3597
Rocha AS, Meneguetti BB, Vasconcelos DF, Magalhães GS, Nogueira JRC, Neves JM. Doença hepática alcoólica no Brasil, uma visão epidemiológica. Rev Cad Med. 2018;1(1):43–54.
Feitosa A do NA, Moraes C, Nascimento IMG do, Neta RL de A, Brito LM de, Sarmento T de AB. Terapêutica clínica e condutas adjuvantes na hepatite alcoólica. Brazilian J Prod Eng [Internet]. 2020;6(6):107–15. Available from: https://periodicos.ufes.br/bjpe/index
Ribeiro LS, Damacena GN, Szwarcwald CL. Prevalência e fatores sociodemográficos associados ao beber pesado no Brasil: análises transversais da Pesquisa Nacional de Saúde. Rev Bras Epidemiol. 2021;24.
Telli EMRP, Frigeri M, Mello SR de. Avaliação da atividade de enzimas hepáticas em dependentes, ex-dependentes e não usuários do etanol. Rev Bras Análises Clínicas. 2016;(2448–3877).
Jesus VP de. Análise epidemiológica da Doença Hepática Alcoólica no estado de Sergipe. 2022.
Espasandin VL, Chagas LC das, Pimentel LNR, Santos CP, Molinaro K. Análise da internação, taxa de mortalidade e custos de tratamento hospitalar em pacientes com doença hepática alcoólica nas regiões brasileiras nos últimos 13. Brazilian J Dev. 2021;7(6):61696–709.
Silva ILV, Schinoni MI. Frequência de esteato-hepatite alcoólica em pacientes portadores do vírus de hepatite C. Rev Ciências Médica e Biológicas. 2022;21(3):562–8.
Hora RO da. Morbimortalidade por doenças hepáticas alcoólicas na cidade de Salvador: 2008 – 2015. 2015.
Fonseca GSGB, Nava J da S, Noleto RS, Araujo V de C, Breitenbach LM, Milhomem BM, et al. Cirrose hepática e suas principais etiologias: Revisão da literatura. Rev e-Acadêmica. 2022;3(2):1–11.
Silveira LR, Iser BPM, Bianchini F. Fatores prognósticos de pacientes internados por cirrose hepática no Sul do Brasil. Rev GED. 2016;35(2):41–51.
Laurenti R, Jorge MHP de M, Gotlieb SLD. Perfil epidemiológico da morbi-mortalidade masculina. Cien Saude Colet. 2005;10(1):35–46.
Callado AN, Maria I, Bezerra P, Adami F, Sousa A, Abreu LC De. Mortalidade e internação por doença hepática na Amazônia Ocidental entre 2008 a 2017. J Hum Growth Dev. 2021;31(1):116–24.
Malagó-Jr W, Rubiatti A de MM, Toniolo CFC, Schneider VC. Efeitos Nutricionais e Mecanismos Bioquímicos na Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica. Rev da Assoc Bras Nutr - RASBRAN. 2021;12(1):195–214.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Larissa Silva Gradil Costa, Alexandre Magno de Sousa , Bárbara Lettyccya Pereira Chacon de Araújo, Vitória Caroline Ramos Fonseca , Carlos Alexandre Neves Lima , Giuliana Chaves Recco , Quezia Valeria da Costa Guedes , Raíssa Beatriz Silvestre Carneiro, Maria Eduarda dos Santos Silvestre , Rodrigo Daniel Zanoni, Maria Fernanda Teixeira Souza Silva